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VISITA DE ESTUDO A IDANHA-A-VELHA
Por Mariajosécameira (Professora), em 2019/04/19664 leram | 0 comentários | 172 gostam
No passado dia 5 de abril, os alunos dos sétimos anos do nosso Agrupamento deslocaram-se a Idanha-a-Velha, para aí continuarem a desenvolver o projeto denominado “Da azeitona ao azeite”, no âmbito das DAC (Domínio da Autonomia Curricular).

Logo no início desta jornada, fomos informados que este local, assim como as terras circundantes, até onde a vista alcançava, pertencera à família Marrocos, e que esta aldeia histórica tinha uma grande tradição no olival tradicional, daí haver oliveiras centenárias. Por esse motivo, fomos visitar o Lagar de Varas, que pensam ser dos finais do século XIX, porque ali encontraram uma candeia com a data de 1895 gravada, contudo numa das tulhas está registado num dos blocos a data de 1755, por isso pensa-se que aí já existia um lagar anterior.
Este lagar está dividido em três salas distintas: sala das tulhas e pio, sala das prensas de varas e sala da bagaceira. Foi-nos explicado como tudo se processaria em cada um dos espaços e, inclusive, nos mostraram o “poço dos ladrões”. Este espaço esteve a funcionar em exclusividade para a família Marrocos até 1959.
Segundo as nossas pesquisas, sabemos que foram os fenícios e, principalmente, os romanos que introduziram melhorias na plantação, enxertia e extração de azeite. Nesta sequência, tornou-se pertinente incluir a disciplina de História e ver os vestígios desta civilização.
Esta viagem pelo tempo, começou na Porta Norte com os seus três arcos de volta perfeita, contornando esta muralha encontrámos a Ponte Velha, que atravessa o rio Ponsul, de origem romana mas que ao longo dos tempos já sofreu várias alterações. Nisto continuamos a nossa caminhada ao longo da muralha, verificando que a natureza é imponente, já que vimos uma azinheira centenária a impor a sua presença perante as muralhas, até chegarmos ao rio Ponsul, onde a passagem se faz sobre poldras que reaproveitam 43 silhares romanos. Finalmente chegamos à Porta Sul, aqui foi-nos explicado que, graças aos últimos estudos arqueológicos, esta denominação é errada. Daí fomos ver a coleção epigráfica romana e a Igreja de Santa Maria ou Sé Catedral, que é uma construção do início do Cristianismo que ao longo do tempo sofreu várias intervenções. Esta nossa “caminhada do saber” passou pelo pelourinho, pelo forno comunitário e pela torre dos Templários.
A visita foi muito enriquecedora e motivadora para a consolidação das aprendizagens dos alunos, permitindo complementar os conteúdos lecionados na sala de aula. Possibilitou, por um lado, momentos de divertimento e convívio interpessoal; por outro, um verdadeiro momento de aprendizagem interdisciplinar e maior enriquecimento cultural.
É de salientar o convívio saudável com os professores num ambiente diferente do existente no dia-a-dia escolar. Os objetivos foram plenamente alcançados. Os alunos tiveram um comportamento adequado durante a visita que constituiu uma vivência histórico-prática para aprender, experimentar e conviver, numa lógica de consolidação de conteúdos, com finalidade tanto lúdica como de descoberta e de aprendizagem. A visita de estudo constituiu uma alavanca essencial para a formação integral do aluno, bem como para reforçar a sua integração e socialização. Proporcionou vivências sociais e o reforço de valores de cidadania. Provocou a motivação e foi um precioso auxílio às aprendizagens, em suma, promoveu o sucesso educativo dos alunos.

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