VISITA DE ESTUDO A IDANHA-A-VELHA | ||||||||
Por Mariajosécameira (Professora), em 2019/04/19 | 805 leram | 0 comentários | 222 gostam | |||||||
No passado dia 5 de abril, os alunos dos sétimos anos do nosso Agrupamento deslocaram-se a Idanha-a-Velha, para aí continuarem a desenvolver o projeto denominado “Da azeitona ao azeite”, no âmbito das DAC (Domínio da Autonomia Curricular). | ||||||||
Logo no início desta jornada, fomos informados que este local, assim como as terras circundantes, até onde a vista alcançava, pertencera à família Marrocos, e que esta aldeia histórica tinha uma grande tradição no olival tradicional, daí haver oliveiras centenárias. Por esse motivo, fomos visitar o Lagar de Varas, que pensam ser dos finais do século XIX, porque ali encontraram uma candeia com a data de 1895 gravada, contudo numa das tulhas está registado num dos blocos a data de 1755, por isso pensa-se que aí já existia um lagar anterior. Este lagar está dividido em três salas distintas: sala das tulhas e pio, sala das prensas de varas e sala da bagaceira. Foi-nos explicado como tudo se processaria em cada um dos espaços e, inclusive, nos mostraram o “poço dos ladrões”. Este espaço esteve a funcionar em exclusividade para a família Marrocos até 1959. Segundo as nossas pesquisas, sabemos que foram os fenícios e, principalmente, os romanos que introduziram melhorias na plantação, enxertia e extração de azeite. Nesta sequência, tornou-se pertinente incluir a disciplina de História e ver os vestígios desta civilização. Esta viagem pelo tempo, começou na Porta Norte com os seus três arcos de volta perfeita, contornando esta muralha encontrámos a Ponte Velha, que atravessa o rio Ponsul, de origem romana mas que ao longo dos tempos já sofreu várias alterações. Nisto continuamos a nossa caminhada ao longo da muralha, verificando que a natureza é imponente, já que vimos uma azinheira centenária a impor a sua presença perante as muralhas, até chegarmos ao rio Ponsul, onde a passagem se faz sobre poldras que reaproveitam 43 silhares romanos. Finalmente chegamos à Porta Sul, aqui foi-nos explicado que, graças aos últimos estudos arqueológicos, esta denominação é errada. Daí fomos ver a coleção epigráfica romana e a Igreja de Santa Maria ou Sé Catedral, que é uma construção do início do Cristianismo que ao longo do tempo sofreu várias intervenções. Esta nossa “caminhada do saber” passou pelo pelourinho, pelo forno comunitário e pela torre dos Templários. A visita foi muito enriquecedora e motivadora para a consolidação das aprendizagens dos alunos, permitindo complementar os conteúdos lecionados na sala de aula. Possibilitou, por um lado, momentos de divertimento e convívio interpessoal; por outro, um verdadeiro momento de aprendizagem interdisciplinar e maior enriquecimento cultural. É de salientar o convívio saudável com os professores num ambiente diferente do existente no dia-a-dia escolar. Os objetivos foram plenamente alcançados. Os alunos tiveram um comportamento adequado durante a visita que constituiu uma vivência histórico-prática para aprender, experimentar e conviver, numa lógica de consolidação de conteúdos, com finalidade tanto lúdica como de descoberta e de aprendizagem. A visita de estudo constituiu uma alavanca essencial para a formação integral do aluno, bem como para reforçar a sua integração e socialização. Proporcionou vivências sociais e o reforço de valores de cidadania. Provocou a motivação e foi um precioso auxílio às aprendizagens, em suma, promoveu o sucesso educativo dos alunos. | ||||||||
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