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Aula no exterior - Biologia e Geologia - 11ºA
Por Sandra Tomás (Professora), em 2013/04/292317 leram | 0 comentários | 1276 gostam
De gaivotas famintas a focas gordas: uma viagem emocionante
Um grupo de alunos e professores levaram a cabo uma aula no exterior em Santiago de Compostela e na Corunha no passado mês de março. A viagem, realizada em dois dias, teve propósitos distintos para os dois destinos visitados. No dia 17, uma visita a Santiago de Compostela, teve objetivos ligados à cultura, enquanto o dia seguinte foi dedicado à Biologia e Geologia na Corunha, onde o grupo visitou os museus Domus, Aquarium Finisterrae e Casa das Ciências.
A viagem do 11ºA teve o acompanhamento dos professores Sandra Tomás, Carlos Boucho e Teresa Gonçalves e foi conseguida pelo esforço e persistência dos alunos da turma, da professora Sandra e dos pais e familiares. Apesar das dificuldades, foi conseguida a quantia necessária através da realização de diversas iniciativas, como uma feira de brinquedos científicos, o sorteio de um cabaz e as tradicionais janeiras. É também de destacar a ajuda financeira da Junta de Freguesia de Penamacor que viabilizou a viagem e da Associação de Pais.
Para recordar fica o entusiasmo e as aprendizagens realizadas, que a turma quis relatar na primeira pessoa e em formato de diário.

Dia 17
O nosso dia começou às 6 horas da manhã, na entrada da nossa escola, onde iniciámos a jornada. Após uma longa viagem, durante a qual se dormiu e se conviveu um pouco, chegámos a Valença do Minho por volta do meio-dia. Aí tivemos um almoço atribulado devido a um inesperado ataque de gaivotas famintas. Depois do almoço, visitámos a parte histórica. A muralha de defesa medieval desta cidade impressionou-nos bastante pela sua imponência e, uma vez no seu interior, conseguimos recuar ao passado, ao tempo das grandes batalhas entre Portugal e Espanha, e imaginar o papel fundamental que estas muralhas desempenharam na proteção das populações que ali habitavam.
A viagem continuou em direção a Espanha, mais precisamente, a Santiago de Compostela, onde passámos a tarde, a visitar tudo (ou quase tudo) o que o espaço histórico tinha para oferecer. Santiago, com a sua belíssima catedral, é um dos exemplos emblemáticos e mais belos do estilo românico-gótico da Península Ibérica pela sua grandiosidade e riqueza ornamental. Esta catedral, juntamente com o seu centro histórico, repleto de edifícios da época renascentista, proporcionaram-nos um ótimo passeio cheio de significado histórico.
Após a nossa visita turística, dirigimo-nos para a pousada onde iriamos passar a noite, que incluiu um bom jantar e um divertido serão no salão de dança.

Dia 18
Fomos cruelmente acordados às 7 horas espanholas, (6 da manhã, hora portuguesa) para nos prepararmos para este novo dia com um belo pequeno-almoço.
Saímos da pousada cerca de uma hora mais tarde, iniciando a nossa viagem em direção a Corunha. Quando chegámos, principiámos a nossa perigosa e arriscada viagem a pé, contra as forças do vento e da chuva que se abateram sobre nós, até que, finalmente, chegámos à entrada do museu Domus. Aqui vimos coisas fantásticas que nos deixaram maravilhados, como uma cadeia de DNA gigante constituída por livros, dois gémeos siameses bebés conservados e um vídeo sobre o parto. Esta visita incluiu também o visionamento de um filme sobre corais, vários jogos didáticos e no final, o direito a uma foto com os nossos antepassados.
Finalizada a nossa visita ao Domus, retomámos a nossa batalha contra o temporal em direção ao Aquarium Finisterrae onde almoçámos. Depois do almoço, visitámos o aquário e aí pudemos observar uma exposição sobre Júlio Verne patente no interior de uma espécie de submarino. Vimos ainda vários tipos de peixes: gordos, magros, compridos, pequenos, estranhos e bastante estranhos. A Mara gostou especialmente de um tubarão e parece que ele também gostou bastante dela: “aquele tubarão grande anda sempre atrás de mim”, dizia. Observámos também focas - “gordas”, segundo a Mara e “fofas”, na opinião do Rodrigo - e, no final da visita, comprámos os habituais “recuerdos”.
A nossa última paragem foi na Casa das Ciências, onde, com a nossa impressionante força, conseguimos mover uma bola de granito de uma tonelada e meia. Vimos pintainhos a nascer e exposições sobre personagens históricas como Charles Darwin, entre outros. Esta visita incluiu uma sessão no planetário, onde alguns de nós (talvez a maior parte) aproveitaram para “descansar um pouco”.
Assim, depois de um dia cheio de emoções a fervilhar, concluímos a nossa visita por volta das 6 horas (hora espanhola) e regressámos a Portugal, parando apenas para jantar. Chegámos a Penamacor à 1 hora e 30 minutos do dia 19, muito cansados, mas satisfeitos e com a convicção de que esta viagem valeu realmente a pena!

Alunos do 11ºA

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