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Quebra Gelo: ano 2
Por Rui Espinho (Professor), em 2013/09/191036 leram | 0 comentários | 272 gostam
Grupo de Teatro Quebra Gelo faz balanço do primeiro ano de atividades
Caríssimas e caríssimos Quebra-Gelo:

Um novo ano começa. Vista daqui, de dentro da ESCOLA PÚBLICA, a vida renova-se a cada setembro, num estranho contraciclo com a natureza. É novamente tempo para quebrar o gelo, pelo segundo ano. Tempo para receber novas caras, tempo para observar-lhes nas curvas do rosto o seu entusiasmo, mas também os seus medos, as suas inseguranças. Tempo para intuir aptidões, motivações, capacidades, talentos. Tempo para criar laços. Tempo de abraçar novos projetos e de crescer, porque o teatro dentro da escola é uma ferramenta poderosa na criação de valores de cidadania e na construção da personalidade.
Tempo também para balanço. Olhar para trás não deve ser uma forma de saudosismo, mas sim uma reflexão que nos ajude a posicionar, a perceber o que já conseguimos e para onde queremos ir. E já conseguimos muito!
O ano que terminou foi intenso. O arranque é sempre difícil, mas também extremamente gratificante. A título de arquivo de memórias, recordemos o primeiro embate do Quebra-Gelo no “The Scariest Halloowe’en Ever”, ainda com poucas sessões de formação!!! Assustador, mas também libertador, não foi meninas? Ainda no primeiro período, a visita de estudo e os workshops na Covilhã foram o primeiro contacto com o espaço cénico. Vazio, é certo, mas imponente, sem dúvida. Em dezembro chegou o Natal e trazia de prenda mais uma prova de público: a “Flash Mob”. Aperfeiçoar, corrigir, ocupar o seu espaço, assumir responsabilidades. Numa trupe, todos dependem de todos. Não há estrelas nem divas. Isso, só na TV! Foi, não foi? Foi muito importante. A aprendizagem a partir do erro próprio fica-nos marcada na pele. E, com isso e por isso, o grupo cresceu. No Dia do Patrono oferecemos à escola “mulher(es)”, um cheirinho do que andávamos, por esta altura, a preparar. Também não esquecemos o Dia Mundial da Poesia e, por isso, gritámos os nossos “versUS” para quem nos quis ouvir. E sentimo-nos melhor, porque nos sentimos avançar. Porque percebemos a nossa própria evolução. Mas criar uma peça artística é um processo de reinvenção constante, é uma colheita de influências aqui e ali, é um processo de reconhecimento humilde de tudo o que os outros fazem bem. Então, vamos lá ver o “Histérico”, um grupo com um historial e uma maturidade reconhecidos e fundamentados em anos de trabalho. Então, vamos lá participar nos Encontros Nacionais de Teatro na Escola (ETE), o espaço de excelência para partilha de experiências. Então vamos lá ombrear, sem medos, com grupos de outras escolas na 3ª edição da “ensinARTE – Mostra de Teatro Escolar da Beira Interior”. E com o ano quase a terminar tornou-se evidente, para toda a comunidade que, ao longo do ano, aquilo que fizemos “É Sobretudo Sobre Elas, Mas Não é Só Para Elas”. Conseguimos muito.
Nos entremeios do percurso ficou ainda a criação de uma “caixa negra” no auditório da escola, a “nossa casa”, onde cabem todos aqueles que, de dentro e de fora da escola, contribuíram para a tornar realidade. E o compromisso que assumimos para o presente ano: seremos os anfitriões da 35ª edição dos ETE em parceria com o grupo “Histérico” da Escola Secundária do Fundão. E vamos fazê-lo bem.
A quebrar, a quebrar, o segundo ano vai arrancar.


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