Dia de S. Valentim | ||
Por Liliana Dias (Professora), em 2013/03/18 | 972 leram | 0 comentários | 296 gostam | |
Todos sabemos que o dia de S. Valentim é o Dia dos Namorados, o que torna aquele santo o representante do AMOR. Mas será que sabemos realmente a história deste homem? | ||
Há muitas versões da sua vida e algumas delas demonstram que há uma proximidade entre a lenda e a realidade. Vou contar-te uma dessas interpretações, recorrendo a fontes históricas italianas. A origem da comemoração do dia de S. Valentim tem as suas raízes na época do imperador romano Claudius II, aproximadamente 270 anos depois de Cristo. Nessa época, os cristãos eram perseguidos e martirizados. Ser cristão era muito difícil. Nesse tempo, era preciso defender o império romano mas havia poucos voluntários para a guerra: os mais velhos não queriam abandonar as suas famílias e os mais jovens recusavam-se a ir para não deixarem as namoradas. Por causa disso, o imperador Cláudio proibiu a realização de casamentos. Um bispo chamado Valentim considerou o édito do imperador como indigno, porque estava convencido que o povo deveria ser livre para amar o seu Deus. Por isso, desobedeceu às ordens do imperador, chamando os casais jovens até si, em segredo e casando-os. O acontecimento chegou aos ouvidos do imperador, que o mandou prender. De imediato, Cláudio verificou que Valentim era um homem com uma grande convicção e de vontade superior e tentou persuadi-lo a renunciar ao cristianismo e passar a adorar os deuses romanos. Em troca disso, estava disposto a perdoar-lhe. Porém, o corajoso bispo agarrou-se fielmente à sua fé e não renunciou a Cristo. Cláudio ordenou a sua execução. Na prisão, enquanto esperava pela concretização da ordem imperial, ele veio a travar amizade com uma rapariga invisual chamada Júlia, filha do carcereiro. Valentim, sendo um homem de letras, contou-lhe a história romana e falou-lhe de Deus. Certo dia, a moça disse-lhe: «Sabes o que faço todas as noites? Peço a Deus que me deixe ver todas as coisas que tu me contaste». Ela segurou a mão do bispo com muita intensidade e reza a história que, nesse instante, uma luz brilhante iluminou a cela. Júlia, radiante, exclamou: «- Valentim, posso ver! Posso ver!». Na véspera da sua morte, Valentim escreveu uma última carta a Júlia, pedindo-lhe para nunca se afastar de Deus e assinou-a assim: «Do teu Valentim». S. Valentim foi decapitado no dia 14 de Fevereiro do ano 270. Diz a lenda que Júlia plantou um almendro de flores rosadas junto do seu túmulo. Coordenadora do PES, Professora Maria de Lurdes Almeida | ||
Mais Imagens: | ||
Comentários | ||