1º DEZEMBRO | |
Por António Canoso (Professor), em 2014/12/02 | 1861 leram | 0 comentários | 1178 gostam |
374 ANOS DA RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL | |
No passado dia 01 de dezembro completaram-se 374 anos sobre a Restauração da Independência Nacional que colocou termo a um longo período (60 anos) de dominação espanhola, o chamado domínio filipino, por corresponder aos reis Filipe II, Filipe II e Filipe IV). A perda da nossa independência havia começado a desenhar-se em meados do século XVI, devido à decadência do comércio das especiarias do oriente provocada pela corrupção dos funcionários régios e pela pirataria francesa, inglesa e holandesa. Para fazer face à crescente despesa pública, a coroa foi-se endividando junto dos banqueiros do norte da Europa. Consequentemente, o país conheceu o primeiro default. Era a bancarrota de 1560. Numa tentativa de inverter o estado lastimável das nossas finanças públicas, o jovem monarca D. Sebastião, fascinado pelos ideais de cavalaria e conquista, decide retomar as conquistas norte de África e prepara a expedição a Alcácer-Quibir (1578), que resultou num estrondoso fracasso, com a morte do monarca e de boa parte da nobreza que o acompanhava, cabendo às depauperadas famílias dos capturados a pagamento de elevados resgates. A partir daqui a decadência do reino acentuou-se. Sem filhos, a coroa de D. Sebastião foi herdada pelo seu tio-avô, o cardeal D. Henrique, idoso, doente e também sem descendência. Quando D. Henrique morre em 1580, o problema da herança estava em aberto. Três pretendentes surgem: D. Catarina de Bragança, D. António, Prior do Crato e Filipe II, rei de Espanha. Face aos candidatos, a elite parasita não hesitou em apoiar Filipe II, único capaz de assegurar tenças e as rendas que lhes garantiam uma vida desafogada. Marca 1580 um momento negro da nossa história em que a elite portuguesa não vacilou em trocar a soberania nacional pela satisfação dos seus interesses particulares. No entanto, contra todas as adversidades o povo português perseverou contra o domínio externo e reconquistou a independência. Viva o 1º de dezembro! | |
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